“O desafio da transdisciplinaridade é gerar uma civilização, em escala
planetária, que, por força do diálogo intercultural,
se abra para a singularidade de cada um e para a inteireza do ser.”
(Carta-Declaração final dos participantes do Congresso UNESCO “Ciência e Tradição: Perspectivas transdisciplinares para o século XXI” – Paris, dezembro de 1991)
Somos a “AMAZÔNIA de TODOS os POVOS”: diversas etnias e culturas milenares – indígenas, africanas e íbero-mediterrâneas -, além de contínuas cheganças, residências e intinerâncias de outros tantos povos na Amazônia – originários das diversas regiões do próprio país, e dos quatro cantos do mundo -, que formaram e informam a nossa “ALMA BRASILEIRA”. Por circunstâncias históricas, socioculturais e políticas, estas diversidades interagiram e interagem – afirmando, sincretizando, invisibilizando/negando, transcriando -, expressando múltiplas formas do SABER-FAZER-SER-PERTENCER-CONVIVER… no MUNDO.
Em especial, as culturas populares e tradicionais – indígenas, quilombolas e afro-religiosas…, preservadas e repassadas através de seus mestres e mestras/artistas-brincantes pela via da “tradição oral”, são portadoras de um rico patrimônio cultural, em diversas formas de expressão, que, além de suas preciosas contribuições materiais e saberes imateriais, implicam valores humanos – consciências que pautam formas de ver e viver a vida, ser e conviver em comunidade e com a natureza – bastante inspirativos e pertinentes à solução de muitos dos nossos desafios contemporâneos.
A Tradição Oral é uma Tecnologia da Comunicação, que, a partir da MEMÓRIA ANCESTRAL e pautada na EXPERIÊNCIA, promove a EDUCAÇÃO para a TOTALIDADE da VIDA, recuperando, relacionando, atualizando e repassando saberes em seus diversos aspectos – arte, religião, divertimento, trabalho, saúde, relações sociais e pessoais… de forma pertinente-contextualizada, multisensorial (palavra dançada, cantada, poetizada, ritmada) e, geralmente, na forma espacial da RODA. É Transdisciplinar, Holística, Universal, Contemporânea e Atemporal.
“MANA-MANÍ ReCriando a Dança da VIDA” – abordagem, iniciativa e organização social co-criada por Maria Esperança Alves e Déa Santos Melo, há 12 anos, promove as Danças Circulares dos Diversos Povos, incluindo neste movimento as Danças originárias de nossas Culturas Brasileiras de Tradição Oral que, em sua maioria, são dançadas na configuração espacial da RODA.
“Como se fora brincadeira de roda, Jogo do trabalho na dança das mãos. O suor dos corpos na canção da vida, suor da vida no calor de irmãos.” (Gonzaguinha)
Uma proposta experimental de dança-educação para a sensibilização, formação e expressão estética, lúdica e ético-afetiva de um amplo e diverso público, focando a CorpOralidade Brincante, o Imaginário Poético e a Diversidade das Culturas Populares e Étnicas do Mundo, com ênfase nas Matrizes Culturais Brasileiras – indígenas, africanas e ibero-mediterrâneas: um repertório-amostra simbólica da experiência poética humana nos quatro cantos da TERRA; Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.
“O vital não é somente aprender, não é somente reaprender, mas reorganizar nosso sistema corporal para reaprender a aprender.” (Edgar Morin )
A inclusão do CORPO INTEGRAL em conexão com a NATUREZA, a ESTÉTICA, a COMUNIDADE e o MUNDO na Roda da Dança, promove EXPERIÊNCIAS SIGNIFICATIVAS e TRANSFORMADORAS de CONHECIMENTO e COM-VIVÊNCIA com a DIVERSIDADE; repercute em AUTOCONHECIMENTO e ampliação das POTENCIALIDADES CRIATIVAS, ao mesmo tempo em que amplia a CONSCIÊNCIA de IDENTIDADE e PERTENCIMENTO. Motiva AÇÕES e ATITUDES que, muito além do “politicamente correto”, são afetiva e conscientemente comprometidas com a VIDA em Toda a Sua DIVERSIDADE e PLENITUDE – Cultural e Ambiental.
“A educação será tão mais plena quanto mais esteja sendo um ato de conhecimento, um ato político, um compromisso ético e uma experiência estética.” (Paulo Freire)
Uma iniciativa que inspirou e inspira diversas outras RODAS em BELÉM e Região NORTE – AMAZÔNIA, potencializando o “Tornar-Se Artista ReCriador de MUNDOS”, Re-Conhecendo, Integrando e Trans-Criando a Nossa DIVERSIDADE e HU-MANIDADE no CORAÇÃO da AMAZÔNIA, do BRASIL e do MUNDO, “AQUI-e-AGORA”, o Espaço-Tempo da AÇÃO TRANSFORMADORA.
Vizualize Iconografias da Roda – 2002 a 2013!
(Dez Anos Mana-Maní / Rodas 2013)
Saiba mais!
Outras Rodas em Belém – Amazônia – Brasil – Mundo:
- Comunic-Ação Criativa – Belém/PA
- Roda de Hera – Belém/PA
- Instituto Ocara – Belém/PA
- Roda das Flores – São Luís/MA
- Sirlene Barreto – Salvador/BA
- Pedagogia Profunda – Cotia/SP
- Triom – São Paulo/SP
- SemeiaDança – São Paulo/SP
- Dançando pela Paz – São Paulo/SP
- Instituto Dança Viva – Holambra/
- Uniluz – Nazaré Paulista/SP
- Giraflor – Curitiba/PR
- Tinku Danzas – Argentina
- FINDHORN – Escócia
- UNIPAZ – Universidade Internacional da PAZ
Fontes e sugestões biblio e web-gráficas:
- Dança: um Caminho para a Totalidade / Bernhard Wosien:Editora Triom, 2000.
- O Corpo e seus Símbolos / Jean-Yves Leloup: Editora Vozes, 1998.
- Educadores na Roda da Dança: Formação-Transformação, por Luciana Ostetto – tese de Doutorado UNICAMP/SP, Faculdade de Educação:2006
- A Tradição Viva, por Amadou Hampaté Bâ/UNESCO-MEC-UFSCar-:2010
- Declaração Mundial da Diversidade Cultural/UNESCO:2001
- Carta da Transdisciplinaridade/UNESCO:1994
- Danças Circulares Sagradas – Vídeo-Entrevista com Maria-Gabriele Wosien:2013
- Danças Circulares na Saúde – Globo Repórter:2013
Agenda Mani-FESTA 12 Anos: https://blogmanamani.wordpress.com/agenda-mani-festa-12-anos/